Tecnologia desenvolvida na Unicamp permite substituir a sílica ativa na construção civil
04 de abril de 2017Pesquisadores da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM) da Unicamp desenvolveram um processo capaz de obter partículas semiamorfas de sílica, que podem substituir a sílica ativa na produção de concreto para a construção civil. A tecnologia foi recentemente licenciada e surge como uma opção que pode trazer ganhos econômicos para o setor, uma vez que se observa um crescimento no valor da sílica ativa, além de possibilitar maior controle das propriedades, em comparação com a sílica ativa, de acordo com a Agência Inova Unicamp.
“A aplicação dessas partículas semiamorfas de sílica é inédita na substituição da sílica ativa como aditivo de concreto de alto desempenho para construção civil”, revela o professor Carlos Kenichi Suzuki, da FEM, responsável pelo desenvolvimento da tecnologia. Ao possibilitar a substituição da sílica ativa por sílica semiamorfa, segundo ele, a tecnologia apresenta uma série de outros benefícios, nos quais se destacam a maior segurança, durabilidade, menor calor de hidratação, menor permeabilidade e a economia no custo do cimento.
“A sílica ativa sofre com aglomeração e, uma vez que esta acontece, sua reatividade é significativamente reduzida. A presente tecnologia de produção de partículas semiamorfas apresenta um efeito com muito menor propensão a se aglomerar. O segundo ponto positivo é que a solubilidade é aumentada em comparação com partículas de sílica cristalina maior, reagindo com outros componentes em meio aquoso, aumentando a resistência mecânica do concreto e diminuindo o tempo de cura”, aponta Suzuki.
“Conseguimos, por exemplo, ter uma reprodutibilidade muito boa na produção delas, controlando o tamanho, grau de amorfização e propriedades químicas, que vão, em última instância, garantir uma estabilidade maior na aplicação”, completa Murilo Ferreira Marques dos Santos, que participou do desenvolvimento do processo durante sua dissertação de mestrado em Engenharia de Materiais, na Unicamp, e atua também na empresa BMRC, que licenciou a tecnologia. Também participaram do desenvolvimento da tecnologia Eric Fujiwara, docente da FEM, e Egont Schenkel, aluno de doutorado desta mesma Faculdade.
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