Plataforma computacional auxilia na tomada de decisão no agronegócio
12 de dezembro de 2023Pesquisa para Inovação – Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28) que termina hoje (12/12) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, a startup brasileira Agrosmart lançou uma solução projetada para transformar dados em análises e insights capazes de impulsionar a tomada de decisão em toda a cadeia do agronegócio.
Batizada de Nexus, a tecnologia desenvolvida pela empresa, apoiada pelo Programa FAPESP de Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), visa permitir que agroindústrias, indústrias de alimentos, tradings, grupos agrícolas e instituições financeiras transformem dados em inteligência.
Com recursos como score de risco, inteligência de supply chain, modelos e análises climáticas, inteligência de mercado, modelos agronômicos e indicadores ESG na cadeia de valor, a tecnologia promete proporcionar uma gestão digitalizada das cadeias e dos processos agrícolas, trazendo transparência e proporcionando a gestão de riscos.
“O que vimos na COP 28 é que, mais do que nunca, é hora de agir. Precisamos construir soluções climáticas, especialmente nos sistemas agroalimentares. Isso porque a produção de alimentos tem em si um potencial intrínseco de gerar impacto positivo e a tecnologia vem como uma forma de transformar isso em realidade”, avalia Mariana Vasconcelos, CEO e cofundadora da Agrosmart.
A climate tech brasileira já conta com mais de 100 mil produtores engajados e monitorados, abrangendo mais de 48 milhões de hectares e processando mais de 10 bilhões de dados. Os ativos, somados à experiência em agro, clima, sustentabilidade, deep tech e inteligência artificial, prometem garantir aos usuários do Nexus acesso a informações de qualidade para a tomada de decisões estratégicas.
De acordo com porta-vozes da empresa, alguns dos benefícios proporcionados aos usuários da plataforma Nexus são inteligência de mercado; previsibilidade de fornecimento; gerenciamento de riscos climáticos, socioambientais e reputacionais; rastreabilidade e transparência na cadeia de valor; além da centralização de informações e processos por meio da digitalização de dados e informações de forma eficiente.
“Além dos benefícios óbvios, nossos produtos trazem um viés de impacto. Foi assim com nossa plataforma de inteligência climática BoosterPro e com o nosso aplicativo gratuito BoosterAgro, e vai ser assim com o Nexus. Ao ajudar essas corporações a tomar melhores decisões, ter mais gestão de riscos e de suas cadeias, acreditamos que estamos um passo mais perto de ver acontecer a transição dos sistemas de produção de alimentos por meio da tecnologia”, avalia Raphael Pizzi, head de produto e cofundador da Agrosmart.
Expansão da base de clientes
Com apoio do PIPE-FAPESP, a empresa desenvolveu um aplicativo que, conectado a uma armadilha de pragas, ajuda o produtor a aplicar o defensivo agrícola no momento certo e na quantidade exata, para obter maior eficiência no combate às pragas e com menor custo e impacto ao meio ambiente.
Entre as diversas cadeias de valor atendidas pela Agrosmart estão a do açaí, com a Frooty, e a do café, com a Sucafina. O objetivo é continuar expandindo a base de clientes em 2024, estabelecendo parcerias estratégicas para impulsionar ainda mais a inovação e o impacto positivo na produção de alimentos.
Fundada em 2014, a empresa está presente em nove países da América Latina. As soluções desenvolvidas pela startup são construídas em três pilares: resiliência climática, transparência de cadeias (escopo 3) e gestão de riscos.
A Agrosmart faz parte do programa de Corporate Venture Capital (CVC) da Positivo Tecnologia, empresa brasileira de tecnologia parceira estratégica e investidora tecnológica da startup.
Imagem de Freepik
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