Pesquisadora do CDMF cria teste rápido de COVID-19
03 de agosto de 2021Um dispositivo portátil de baixo custo para teste rápido a partir de amostras de saliva para detectar o novo coronavírus foi criado por uma equipe do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), liderada pela pesquisadora Talita Mazon, integrante do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) em parceria com a startup Visto.Bio.
No início da pandemia, a equipe decidiu adaptar o teste originalmente desenvolvido para zika, dengue e outras doenças. “Nós trabalhamos com o óxido de zinco em biossensores há cerca de cinco anos”, disse Talita. Diferentemente dos testes portáteis encontrados no mercado, o modelo desenvolvido utiliza uma base sensora eletroquímica descartável contendo nanoestruturas de óxido de zinco e tem como objetivo primário a detecção da proteína spike do vírus. Isso permite que seja possível diagnosticar em tempo real a doença a partir do surgimento dos primeiros sintomas nos dias iniciais.
No teste, o anticorpo da proteína do vírus é imobilizado nas nanoestruturas e, quando em contato com a amostra de saliva contaminada, se liga à proteína spike fornecendo um sinal elétrico característico. A depender da concentração, o imunossensor é capaz de identificar quantidades da proteína tão pequenas quanto 5 pg/mL sem reação cruzada com outras proteínas.
O biossensor é acoplado ao dispositivo portátil que se conecta por meio de um leitor USB na entrada do carregador do celular (igual a um pen drive) para ser sincronizado a um aplicativo (compatível com iOS e Android). O resultado do exame – a presença da molécula viral – torna-se visível em gráficos na tela do celular.
Em testes realizados no Hospital das Clínicas de Botucatu, vinculado à Universidade Estadual Paulista (Unesp), o kit teve precisão acima dos 80%.
Poder realizar um teste rápido, de baixo custo, por meio de um dispositivo portátil é importante para ampliar a rastreabilidade do novo coronavírus, fator relevante para adotar medidas de combate à COVID-19. “Trata-se de um teste novo, rápido, fácil, que não precisa ser realizado por uma pessoa especializada”, diz a pesquisadora.
A previsão é de que o teste chegue ao mercado ainda este ano. O grupo liderado por Talita é formado pelas pesquisadoras Aline Macedo Faria, Noemí Angelica Vieira Roza e Agnes Nascimento Simões.
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