Venture builder fund acelera startups com foco em biotecnologia avançada
16 de maio de 2023Com diferentes aplicações, o setor de biotecnologia representa hoje cerca de 27% do mercado global. A expectativa é que em 2024 esse número aumente para 31%, segundo pesquisa da consultoria Deloitte. Na saúde, por exemplo, esse campo de conhecimento é responsável pelo desenvolvimento de vacinas, medicamentos e tratamentos que podem alterar substancialmente a relação da medicina com uma patologia. Já a combinação da biotecnologia com a agricultura mostra-se fundamental para que o Brasil cumpra a meta de reduzir em 43% a emissão de gases de efeito estufa até 2030, conforme compromisso assumido na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso é uma oportunidade de aumentar a produtividade sem necessidade de ampliação das terras disponíveis, evitando o desmatamento.
O Brasil tem grande potencial para biotecnologia, mas ainda faltam algumas etapas cruciais no desenvolvimento de startups desse setor, gerando um abismo entre pesquisa e indústria. Diante desse cenário, a Vesper Ventures viu a oportunidade de fazer a ponte entre projetos disruptivos e de impacto positivo com o mercado global.
“O Brasil possui a maior biodiversidade do mundo, com a maior floresta tropical do planeta, é uma potência agrícola mundial e tem uma relevante quantidade de pesquisas acadêmicas voltadas ao setor de biotech. Temos enormes diferenciais competitivos para nos tornarmos um líder global em biotecnologia com soluções inovadoras para grandes desafios globais. Estamos sendo pioneiros no Brasil num setor que acredito que será um dos principais pilares de negócios no futuro”, diz Gabriel Bottós, CEO e um dos fundadores da Vesper.
Na primeira rodada de investimentos, em 2020, entre cerca de 3 mil projetos analisados, sete startups foram selecionadas.
Atualmente, o portfólio da Vesper Ventures é composto pela Aptah, startup de biotecnologia focada em novas terapias de RNA, inicialmente voltadas para longevidade, câncer e doenças neurodegenerativas; Cellertz, biotech que desenvolve uma plataforma de desenhoin silico das próximas gerações de terapias celulares contra o câncer e outras doenças usando inteligência artificial; Reddot, startup de biotecnologia focada em diagnósticos moleculares de última geração; Futr Bio, empresa de biotecnologia especializada no desenvolvimento de vacinas de mRNA de próxima geração para prevenir e curar doenças como infecções e câncer; Vyro, biotech que cria tratamentos de saúde revolucionários baseados na utilização do zika vírus modificado por engenharia genética; Symbiomics, biotech que isola microrganismos de nova geração para uso em soluções sustentáveis em diversas culturas; e a InEdita, uma plataforma inovadora de edição de genoma para o desenvolvimento de plantas não transgênicas resistentes a pragas e pestes.
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