FAPESP, GSK e Biominas apoiarão pesquisas inovadoras de startups na área da saúde
17 de julho de 2018A FAPESP, a GlaxoSmithKline Brasil (GSK) e a Biominas Brasil assinaram acordo de cooperação para apoiar projetos inovadores de pesquisa científica de startups na área da saúde. A parceria, no âmbito do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), prevê apoio para pequenas e médias empresas do Estado de São Paulo desenvolverem pesquisas focadas em doenças respiratórias, imuno-inflamação, imuno-onocologia e HIV.
Os investimentos da FAPESP devem somar até R$ 5 milhões em três anos, período durante o qual a GSK fornecerá às empresas selecionadas orientação científica, planejamento e assessoria técnica-empresarial, e a Biominas dará suporte e orientação sobre modelagem e planejamento de negócios, bem como o acesso a redes de investidores.
Por meio de chamada serão selecionadas 10 propostas de pesquisas que receberão da FAPESP até R$ 200 mil não reembolsáveis para testar a viabilidade técnica dos projetos por um período de até nove meses, na fase 1 do PIPE. Três projetos incialmente selecionados receberão apoio adicional de até R$ 1 milhão em dois anos para o desenvolvimento do projeto de pesquisa, na fase 2 do PIPE.
"O acordo com a GSK e a Biominas abre novas oportunidades para empresas do PIPE", afirma o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz.
Há 21 anos, o PIPE oferece recursos não reembolsáveis para o desenvolvimento de pesquisa em empresas com até 250 funcionários. Há três anos, também disponibiliza aos responsáveis pelos projetos treinamento em empreendedorismo em alta tecnologia para subsidiar a elaboração de planos de negócios. Agora, passa a incorporar a esse cardápio a oportunidade de conexão de startups com uma grande empresa na área da saúde e uma fundação especializada na aceleração e gestão de negócios, mantida pelo setor privado, para melhor direcionar e posicionar a inovação desenvolvida por startups no mercado. “Essa é uma iniciativa importante, pois permite que as empresas que recebem fomento da FAPESP tenham acesso a diferentes oportunidades que colaborarão para que os resultados das pesquisas cheguem até a sociedade por meio de novos produtos e serviços”, sublinha Brito Cruz.
“Nossa empresa está impulsionando avanços científicos em várias áreas terapêuticas para fornecer a próxima geração de medicamentos inovadores. Acreditamos que a parceria com a FAPESP oferece muitas oportunidades para alavancar a ciência no Brasil", avaliou José Carlos Felner, vice-presidente e gerente-geral da GSK.
“O acordo é uma soma das competências e experiências das três instituições para o desenvolvimento de projetos e empresas de forte componente científico e alto potencial de mercado para melhorar a vida de pacientes”, afirma o diretor-presidente da Biominas Brasil, Eduardo Emrich Soares.
Centro de Pesquisa em Engenharia
A cooperação entre a GSK e a FAPESP começou em 2011, como parte do Programa Trust in Science, uma iniciativa global da GSK que posiciona a empresa como parceira para o desenvolvimento de medicamentos na América Latina, além de contribuir para o pipeline de medicamentos, por meio de interações científicas com importantes instituições de pesquisa e governo local. No âmbito desse acordo foram lançadas duas chamadas de propostas e selecionados seis projetos.
Em 2015 e 2016, GSK e FAPESP constituíram, também por meio de acordos, dois Centros de Pesquisa em Engenharia (CPEs), com investimentos de longo prazo em investigações estratégicas. O Centro de Pesquisa para Descoberta de Alvos Moleculares, com sede no Instituto Butantan, e o Centro de Pesquisa em Química Sustentável, com sede na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Para Isro Gloger, diretor do Trust in Science, o acordo atual mostra que o desenvolvimento científico do Brasil está indo na direção certa. “Nossa parceria com a FAPESP ao longo dos anos tem sido excelente. Nós acreditamos fortemente que este novo acordo irá direcionar a realização de pesquisas de longo prazo, reafirmando o compromisso para a descoberta de novos medicamentos para doenças relevantes”, disse.
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