CNPEM lança programa de aceleração de deeptechs

30 de janeiro de 2024

Em um movimento de aproximação com a comunidade de startups, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) anunciou um programa de alavancagem. Nomeada PACE – Programa de Aceleração de DeepTechs do CNPEM, a iniciativa tem o objetivo de acelerar a maturidade tecnológica de deeptechs – como são chamadas startups de base científica e tecnológica – estabelecidas no Brasil. As inscrições são gratuitas e estão abertas.

O PACE oferecerá, entre outras vantagens, um time de especialistas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) dedicado aos projetos das deeptechs e simplificará, desde o início, o acesso às instalações abertas do centro.

Segundo Patricia Magalhães, gestora da assessoria de inovação do CNPEM, não serão medidos esforços para apoiar startups que possuem soluções tecnológicas baseadas em conhecimento científico mais avançado e complexo e possuem alto potencial de gerar inovações, mas que precisam de infraestruturas e competências sofisticadas, como as do CNPEM, para resolver um desafio tecnológico que esteja dificultando o seu acesso ao mercado.

“O ecossistema brasileiro de apoio a deeptechs ainda está se formando. Essas empresas possuem soluções de desenvolvimento complexo, com tempo mais longo para chegar ao mercado e cuja jornada envolve investimentos e infraestrutura mais custosa e de ponta. Queremos aumentar o número de deeptechs mais atrativas para captação de investimentos e para alcançar a fase de tração comercial”, diz Magalhães.

As startups selecionadas pelo PACE receberão apoio técnico especializado e infraestrutura de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de ponta do CNPEM, sem custo, terão alavancagem da prontidão tecnológica em pelo menos um nível de TRL (technology readiness level na sigla em inglês), execução de plano de trabalho de 24 meses, avaliação pelos times técnico e de aceleração do CNPEM ao final de 12 meses e no fim da aceleração, com duração de 24 meses.

Para participar do PACE, as startups devem ser sediadas no Brasil e ter CNPJ registrado há, no máximo, dez anos. Além disso, a receita bruta não deve superar R$ 16 milhões.

O edital ainda esclarece que a solução deve estar em estágio compatível com TRL 3 ou superior e enquadrada em uma das áreas temáticas do programa. As aplicantes também não devem ter recebido investimentos de capital de risco superior a R$ 2 milhões (recursos de fomento à pesquisa não estão incluídos nesta restrição) e precisam demonstrar clara capacidade financeira para custear os consumíveis e insumos envolvidos no projeto proposto.

As startups candidatas ao programa têm à disposição oito áreas, de alta tecnologia e alta complexidade. Para aplicar ao PACE é necessário que as soluções estejam alinhadas pelo menos a uma das áreas: biorrenováveis e biotecnologia industrial; engenharia de tecidos e medicina regenerativa; engenharia e tecnologia; fármacos e biofármacos; nanotoxicologia e nanossegurança; materiais renováveis; micro e nanofabricação de sensores e dispositivos; e sistemas de produção de hidrogênio verde

As inscrições devem ser feitas até o dia 18 de fevereiro de 2024.