Empresas do setor aeroespacial são destaque em Suplemento Especial sobre o PIPE
23 de janeiro de 2018A revista Pesquisa FAPESP publicou, em sua edição de dezembro de 2017, o Suplemento Especial PIPE FAPESP – 20 anos de inovação, em comemoração às duas décadas do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas, completadas naquele ano. Além de um balanço do desempenho de duas décadas do PIPE – 1.921 auxílios contratados, 2.959 bolsas concedidas e quase 1.200 startups e pequenas empresas beneficiadas em todo o Estado –, o Suplemento Especial resume alguns exemplos de sucesso.
Na Apresentação, o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, sublinha que “os resultados do PIPE têm sido determinantes para o desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social de São Paulo”, com impacto positivo, por exemplo, na criação de empregos em empresas apoiadas pelo Programa. A In Vitro Brasil, empresa de biotecnologia de reprodução animal em Mogi Mirim, por exemplo, tinha 30 funcionários quando obteve o primeiro apoio do PIPE, em 2007. Atualmente, tem 268. A I.System, de controle e automação industrial, saltou de quatro para 40 funcionários.
Entre os casos de sucesso do Programa, estão os de quatro empresas apoiadas pelo PIPE – Omnisys, Orbital, Orbisat (atual Bradar) e Equatorial Sistemas – que, a partir dos anos 2000, se destacaram por projetar e desenvolver instrumentos para satélites e radares, tecnologias direcionadas para o Programa Espacial Brasileiro e que, posteriormente, foram incorporadas por grandes companhias.
A Omnisys, de São Bernardo do Campo, especializou-se em radares meteorológicos e para orientação de aviões e teve, ao todo, 15 projetos PIPE, antes de ser incorporada, em 2006, pela companhia francesa ThalesGroup, do setor de defesa, segurança e aeroespacial.
A Orbisat, de São José dos Campos, interior de São Paulo, também apoiada pela FAPESP , foi rebatizada com o nome de Bradar quando passou a integrar o conglomerado de empresas da Embraer Defesa & Segurança.
A Equatorial , também de São José dos Campos, que teve sete projetos aprovados, desenvolveu uma série de equipamentos e sistemas operacionais para os satélites Cbers, Amazônia 1 e Acqua, este último pertencente à agência espacial norte-americana Nasa, lançado em 2002. Em 2006 passou a ser controlada pela multinacional europeia Airbus, que, em 2017, vendeu o controle acionário para a brasileira Akaer, empresa que participa da montagem dos caças suecos Gripen adquiridos pela Força Aérea Brasileira (FAB). Atualmente, com o apoio do PIPE/PAPPE Subvenção – resultado de um acordo entre a FAPESP e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) –, a Equatorial desenvolve equipamentos para o Sirius, fonte de luz que está sendo construída pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas.
Já a Orbital, outra empresa sediada em São José dos Campos, obteve recursos do PIPE para o desenvolvimento de projetos relacionados à produção de painéis solares para os satélites Cbers e o Amazônia 1, além de outros sistemas de bordo. A Orbital participa do programa de transferência de tecnologia do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) do governo brasileiro. A empresa foi selecionada, dentro do programa de transferência de tecnologia do SGDC, para absorver tecnologias aplicáveis à construção de sistemas de potência e geradores solares para satélites. O artefato, lançado no espaço em 2017, foi produzido pela franco-italiana Thales Alenia Space.
O Suplemento Especial traz, ainda, informações sobre as empresas Altave (veículos mais leves que o ar), Nexxto (IoT), Saveway (IoT), Magnamed (ventiladores pulmonares) e Genotyping, entre outras que se consolidaram no mercado com o apoio da FAPESP.
Para ler a íntegra do Suplemento Especial acesse http://revistapesquisa.fapesp.br/revista/ver-edicao/?e_id=375.
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