Projeto Swamp desenvolve sensores conectados a sistemas de irrigação

12 de setembro de 2017

Uma parceria entre pesquisadores brasileiros e europeus pretende levar o conceito de Internet das Coisas (IoT) para o campo, por meio de um sistema de irrigação a taxa variada. O projeto é um dos seis selecionados pela 4ª Chamada Coordenada Brasil-União Europeia em TIC, supervisionada pela Secretaria de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

O projeto Plataforma Inteligente de Gerenciamento de Água (em inglês, Swamp) vai desenvolver uma solução que distribui a quantidade exata de água na área de manejo determinada dentro da lavoura. A nova solução permite mais eficiência no uso da água e maior produtividade, evitando desperdícios.

Liderado pelo pesquisador Carlos Kamienski, da Universidade Federal do ABC (UFABC), o projeto vai receber R$ 4,8 milhões do governo brasileiro, por meio da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que utiliza recursos da Lei de Informática. Outros 1,5 milhão de euros serão financiados pelo programa H2020 da União Europeia.

No Brasil, o projeto é fruto de uma parceria entre a UFABC, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Embrapa, a Fundação Educacional Inaciana “Padre Sabóia de Medeiros” (FEI), o Centro de Pesquisa e Inovação Brasil-Suécia (CISB) e a LeterTech Tecnologia Sustentável. Na Europa, participam outras cinco instituições: Instituto VTT – Centro de Pesquisa Técnica (Finlândia), Ixion – Indústria & Aeroespacial (Espanha), Intercrop – Agronegócios (Espanha), Universidade de Bologna (Itália) e Consorzio di Bonifica dell’Emilia Centrale (Itália).

O produto será testado em dois tipos de irrigação. Na região do Matopiba, que compreende parte dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, será aplicado um projeto de pivô central ligado a sensores inteligentes, nas culturas de soja e algodão. Já na Vinícola Guaspari, em Espírito Santo do Pinhal (SP), um piloto do Swamp será testado em técnicas de gotejamento na produção de vinhas. Outras duas unidades serão implementadas e avaliadas também na Europa.

Para mais informações acesse a página no site do MCTIC.