USP inaugura laboratório para simulação de soluções em mudanças climáticas

09 de abril de 2024

Um novo laboratório da Universidade de São Paulo (USP) irá reunir em um só lugar museu de ciência, simulador de produtos e tecnologias e estúdio artístico. A ideia é que o espaço de 400 m², que fica instalado dentro do prédio do Inova USP, em São Paulo, abrigue tecnologias imersivas e de realidade virtual para exposição e experimentação de soluções para um público diverso, formado por estudantes, pesquisadores, tomadores de decisão e empreendedores.

Batizado de USP-RCGI Digital Lab, o laboratório reúne a expertise de alguns laboratórios da USP, como o Laboratório de Interação Fluido-Material, do Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) - um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído pela FAPESP e a Shell na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) -, o de Simulações Aplicadas a Materiais: Propriedades Atomísticas, do Instituto de Física (IF), e o Núcleo de Dinâmica de Fluidos (NDF), da Escola Politécnica.

Uma das tecnologias que serão usadas é o molecularium, uma espécie de planetário, só que de moléculas.

O espaço tem um estúdio para a produção de vídeos em 360°. Além da interação e “manuseio” das moléculas virtuais, o projeto possibilita transformar algumas das propriedades dessas moléculas em som.

Um exemplo para essa possibilidade de apresentar interações que ocorrem em escala molecular seria o dióxido de carbono (CO2). Por meio de tecnologia imersiva, é possível visualizar a transformação da molécula de CO2, um agente do efeito estufa, em outro produto que possa ser utilizado para outros fins, ou ainda compreender um processo de aprisionamento de CO2 em reservatórios geológicos.

O laboratório também permite a simulação em escala planetária e irá atuar em diferentes frentes. Um dos objetivos é trabalhar com educação para que as futuras gerações tenham uma melhor compreensão das mudanças climáticas e de tecnologias e soluções para combatê-las. Além disso, os poderosos simuladores podem ser utilizados não apenas por pesquisadores, mas também por empreendedores e startups para validar seus produtos e serviços inovadores. Tudo isso com a preocupação de unir ciência e arte para que a divulgação do conhecimento tenha maior engajamento e um aspecto inovador.