Instituição ficou entre as mais citadas por startups com maior volume e intensidade de relações de inovação aberta, de acordo com ranking Top 20 Ecossistema da 100 Open Startups

FAPESP ocupa o terceiro lugar no ranking dos 20 atores do ecossistema de inovação no país

17 de novembro de 2020

Elton Alisson | Pesquisa para Inovação – A FAPESP, por meio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), está entre os atores do ecossistema de inovação do país que mais contribuem para as startups se desenvolverem.

A Fundação ocupa a terceira colocação no ranking de 2020 do Top 20 Ecossistema, elaborado pela 100 Open Startups, que mede anualmente o volume e a intensidade das relações de inovação aberta – open innovation – estabelecidas entre startups e empresas no Brasil.

A lista, elaborada com base no número de citações das startups selecionadas na edição deste ano do Top 100 Open Startups, foi divulgada em um evento on-line realizado na última quarta-feira (11/11).

O primeiro colocado é o programa InovAtiva Brasil, criado em 2013 pelo governo federal para acelerar startups, e em segundo lugar está o programa de aceleração Amcham Arena, lançado pela Câmara de Comércio Americana no Brasil.

“Cerca de 40% das cem startups que tiveram maior número de relações de open innovation com grandes empresas este ano reconheceram a contribuição direta de atores do ecossistema de inovação no Brasil em suas trajetórias”, disse Rafael Levy, diretor técnico da 100 Open Startups.

No total, as startups mencionaram 183 atores do ecossistema de inovação do país que deram alguma contribuição para chegar ao mercado, como hubs de coworking, aceleradoras, órgãos de governo e associações. Cerca de 69% dessas entidades são privadas.

“Isso mostra a importância do apoio desses atores do ecossistema de inovação para o sucesso das startups na relação com o mercado”, avaliou Levy.

Aumento da interação

De acordo com o executivo, a intensidade das relações de inovação entre startups e empresas no Brasil medida por meio do ranking nos últimos cinco anos cresceu 27 vezes e registrou o recorde este ano.

Do total de 13 mil startups registradas na rede da entidade, 1.310 declararam ter estabelecido, no total, mais de 13 mil relacionamentos de inovação aberta com empresas este ano, contra 895 startups no ano passado. O número de empresas que tiveram alguma interação com startups este ano também mais que dobrou em relação ao ano passado, saltando de 866 para 1.968.

“Isso reflete a maturidade e o crescimento da interação em open innovation entre startups e empresas no Brasil”, avaliou Levy.

Mais da metade dos contratos de inovação aberta são de prestação de serviços das startups para as grandes empresas e menos de 12% são de investimentos, participação acionária ou de aquisição das pequenas empresas.

O valor médio dos contratos de inovação aberta entre startups e grandes empresas que envolvem a transferência de recursos é da ordem de R$ 140 mil.

“As startups que têm maior interação em open innovation com grandes empresas captam 85% mais investimentos do que as que não desenvolvem esse tipo de relacionamento, o que demonstra a importância dessa prática no early stage [estágio inicial de desenvolvimento]”, ressaltou Levy.

As startups selecionadas para o ranking faturam, em média, R$ 1,4 milhão, já receberam aproximadamente R$ 900 mil de investimento e têm também, em média, 16 colaboradores.