
A arte – e a engenharia – de conquistar novos mercados
02 de agosto de 2016A Equatorial Sistemas, empresa do setor aeroespacial em São José dos Campos (SP) aposta as fichas para entrar no mercado de instrumentação científica para a área médica. A empresa está prestes a concluir o desenvolvimento de três equipamentos para o Sirius, o novo acelerador síncrotron em construção no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, que lhe permitirá ampliar o seu porfólio de produtos.
Os três projetos – monitores fluorescentes de feixe de elétrons, bloqueador de fótons e detectores de raios X – estão entre os 13 apoiados pela FAPESP e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), no âmbito do primeiro edital do Programa PIPE-PAPPE Subvenção para Sirius, em 2015.
Quando prontos, os equipamentos terão de ser “habilitados” e seu desempenho e preço cotejados com similares estrangeiros, antes de serem adquiridos pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Organização Social qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, que abriga o LNLS.
“O apoio PIPE-PAPPE, além de permitir que a empresa realize pesquisa e desenvolvimento (P&D) de produtos inovadores, cria também a demanda para esses produtos”, afirma Cesar Celeste Ghizoni, diretor da empresa.
Ghizoni estima que o domínio da tecnologia de desenvolvimento de detectores para raios X, por exemplo, qualificará a Equatorial para produzir também instrumentos para a área médica, mercado ainda pouco explorado por empresas nacionais.
A Equatorial foi criada em 1996 por Ghizoni, que, tendo integrado o quadro de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), tivera uma experiência frustrada numa empresa privada, fornecedora do projeto Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).
Em 1997, no primeiro ano do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), a Equatorial obteve recursos da FAPESP para desenvolver um sistema de refrigeração de detectores para satélites baseado no fenômeno termoacústico. O equipamento permitiria manter os detectores de câmeras infravermelhas que mapeiam o solo de um corpo celeste na temperatura de 190 graus celsius negativos.
“Chegamos até o protótipo, mas não avançamos por falta de fôlego para levar à frente um projeto desse porte, num mercado aeroespacial em crise. Mas o PIPE foi fundamental para consolidarmos a área de P&D da empresa”, afirma Ghizoni.
No final da década a Equatorial estava pronta para integrar o Programa Sistema de Observação da Terra (EOS), da Nasa, agência espacial norte-americana, desenvolvendo um sensor de umidade com informações específicas sobre o clima do país, embarcado no satélite Acqua; e participar também do projeto China-Brazil Earth Resources Satellite (CBERS), o satélite sino-brasileiro, no final da década de 1990.
Em 2001, a empresa foi contratada para desenvolver equipamentos para o Southern Observatory for Astrophysical Research (Soar), em Cerro Pachón, no Chile. Além de fornecer os sistemas de controles eletrônicos dos mecanismos de abertura do domo de 20 metros de diâmetro e 14 metros de altura, a empresa foi responsável pelo gerenciamento da parte brasileira do projeto Soar. A participação do Brasil no projeto somava US$ 14 milhões, sendo US$ 4 milhões da FAPESP e o restante divididos entre o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), Finep, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundações de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
A Equatorial aposta agora na demanda criada por projetos do porte de Sirius para qualificar seus engenheiros e ampliar seu portfólio de produtos: todos os equipamentos desenvolvidos para o acelerador de elétrons foram especificados por pesquisadores do LNLS que também acompanham de perto o processo de desenvolvimento.
“A garantia de demanda futura faz toda a diferença: podemos nos dedicar à P&D e à inovação sem ter que investir na comercialização”, disse.
Nome: Equatorial Sistemas
Site: www.equatorialsistemas.com.br
Contato: contato@equatorialsistemas.com.br
Endereço: Av. Shishima Hifumi, 2.911, sala 109 – Parque Tecnológico Univap, São José dos Campos, CEP 12244-000
Fone: (12) 3949 - 9390
BBEST 2017
A Brazilian BioEnergy Science and Technology Conference (BBEST 2017) será lançada no dia 11 de agosto, na FAPESP, quando serão também apresentadas as diversas modalidades de participação na ExpoBBEST e de patrocínio de empresas.
A BBEST 2017 reunirá, em 2017, pesquisadores e lideranças do setor público e privado do Brasil e do exterior, para a discussão dos principais avanços científicos e tecnológicos na área de biocombustíveis. Incluirá também a ExpoBBEST, uma feira com exposição de produtos e tecnologias relacionadas à bioenergia.
Mais informações: (11) 3815-5798 / 3838-4216
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