
Anunciados 51 novos projetos de pesquisa para inovação em empresas
28 de maio de 2019Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – Com o objetivo de reduzir o uso de antibióticos na criação de frangos e suínos, a Biosmart Nanotechnology, startup de Araraquara (SP), busca estratégias para tornar a bactérias do gênero Salmonella menos virulentas. Para isso, pretende investigar como são reguladas vias de sinalização celular importantes para esses microrganismos.
“A resistência a antibióticos, problema mundial que coloca em risco a população humana, está muito ligada ao uso excessivo dessas drogas na produção de frangos e suínos. Buscamos, portanto, outro mecanismo para livrar esses animais da contaminação”, disse Vânia Santos Braz, pesquisadora responsável pelo projeto.
Já a empresa de consultoria Communitaria, sediada na capital paulista, está desenvolvendo uma plataforma para auxiliar no gerenciamento e na avaliação de impacto de projetos sociais. A iniciativa é coordenada pela economista Adriana Ielo Derobia.
Os dois projetos estão entre os 44 selecionados para o 4º Ciclo de 2018 do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE). O anúncio foi feito na sede da FAPESP, no dia 21 de maio. Foram também anunciados, na mesma ocasião, outros sete projetos aprovados: cinco pelo Programa PIPE/PAPPE, no âmbito da parceria da FAPESP com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e outros dois aprovados na chamada PIPE-PitchGov de 2017, totalizando 51 novos projetos de inovação apoiados.
"Todas as chamadas integram o Programa PIPE-FAPESP. No ano passado, foram 250 projetos aprovados nessa modalidade, o que dá mais ou menos um contrato firmado a cada dia útil do ano para desenvolver produtos e serviços inovadores”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.
O PIPE apoia a execução de pesquisa científica e/ou tecnológica em pequenas empresas, com até 250 empregados, sediadas no Estado de São Paulo. Os projetos devem ser desenvolvidos por pesquisadores que mantêm vínculo empregatício com a empresa ou a ela associados para a pesquisa.
As propostas podem ser desenvolvidas em duas etapas. A Fase 1, de demonstração da viabilidade tecnológica do produto ou processo, tem duração máxima de nove meses e recursos de até R$ 200 mil. A Fase 2, de desenvolvimento do produto ou processo inovador, tem duração máxima de 24 meses e recursos de até R$ 1 milhão.
“As empresas inovadoras são uma parte importante da pesquisa em São Paulo. Temos 69 mil pesquisadores no Estado. Desses, 39 mil trabalham em empresas. É uma quantidade apreciável”, disse Brito Cruz.
Diagnóstico de retina
Os projetos selecionados nas chamadas FAPESP-Finep – PAPE/PIPE Subvenção serão apoiados por meio da concessão de recursos de subvenção econômica à pesquisa para inovação (recursos não reembolsáveis).
Esse é o caso da Phelcom Technologies, que trabalha atualmente no desenvolvimento industrial e comercial de equipamento portátil, controlado por smartphone, para o diagnóstico da retina.
“A empresa está em uma fase interessante, pois 50 dias depois de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa] autorizar a comercialização do nosso produto já recebemos 52 encomendas”, disse Flávio Pascoal Vieira. Há três anos, a empresa foi aprovada na fase 2 do PIPE.
O produto agora comercializado consiste em um hardware com lentes e prismas que, ao ser acoplado a smartphone, funciona como um instrumento para o oftalmologista ou uma ferramenta para triagem remota.
“Pretendemos proporcionar, por meio do nosso equipamento, a interação entre endocrinologistas e oftalmologistas para a avaliação de imagens de fundo de olho de pacientes com diabetes”, disse.
O PIPE apoia microempresas e empresas de pequeno porte do Estado de São Paulo no desenvolvimento de pesquisa tecnológica em ambiente empresarial, sem contrapartida.
“Há um número grande de empresas que, apoiadas pelo PIPE, alcançaram seus objetivos, ampliando faturamento e o número de empregados. É um programa bem-sucedido, pois resulta em benefícios para a sociedade. Além disso, é uma estratégia da FAPESP para cumprir sua missão de promover o desenvolvimento tecnológico e a inovação no Estado de São Paulo”, disse Marco Antonio Zago, presidente da Fundação.
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