FAPESP assina acordo de cooperação com o Exército Brasileiro
01 de novembro de 2022Elton Alisson | Pesquisa para Inovação – A FAPESP firmou acordo de cooperação com o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército Brasileiro (EB) para selecionar e financiar projetos de pesquisa cooperativa em temas estabelecidos conjuntamente pelo DCT e a Fundação, a serem desenvolvidos por pesquisadores associados a pequenas empresas sediadas no Estado de São Paulo.
Os projetos serão apoiados no âmbito do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).
“A FAPESP apoia a ciência e o desenvolvimento tecnológico no Estado de São Paulo por meio de parcerias com diferentes instituições. Essas parcerias são cruciais para o desenvolvimento e a geração de riqueza não só para o Estado de São Paulo, mas para todo o país”, afirma Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP.
Os projetos apoiados no âmbito do acordo deverão ter como foco o desenvolvimento de produtos de defesa em áreas de interesse do Exército Brasileiro e de outros órgãos.
Entre os produtos de defesa estão armamentos, munições, meio de transporte e de comunicações, fardamentos e materiais de uso individual e coletivo utilizados em atividades para fins defensivos.
“Já fazemos muitas coisas em ciência, tecnologia e inovação voltadas à defesa no Estado de São Paulo, cuja liderança nesses temas é inconteste. Mas faltava uma institucionalização maior por meio de um acordo como esse que assinamos agora com a FAPESP”, comenta o general Guido Amin Naves, chefe do DCT.
O Exército Brasileiro tem buscado formar a sua cadeia de valor com base em fornecedores brasileiros com o objetivo de fomentar o desenvolvimento do sistema de defesa do país e ter acesso à livre transferência de conhecimentos tecnológicos e científicos, destacaram representantes da instituição.
No Estado de São Paulo, o DCT já mantém um acordo de parceria técnica com a Embraer em um programa de desenvolvimento de radares.
“Temos muitos temas de interesse em comum em pesquisa colaborativa, como radares, telecomunicações, cibernética e meio ambiente”, disse o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, Comandante Militar do Sudeste.
Expedição científica
De acordo com os representantes do Exército Brasileiro, neste mês será realizada uma nova expedição científica ao Pico da Neblina, o ponto mais alto do Brasil.
A expedição anterior, que teve como destino a Serra do Imeri, no norte do Estado do Amazonas, foi feita em 2017 em parceria com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP).
Por meio de um projeto apoiado pela FAPESP no âmbito do Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA) e coordenado pelo professor Miguel Trefaut Rodrigues os pesquisadores fizeram a análise comparativa da morfologia, genética e fisiologia de espécies de répteis, anfíbios, aves, mamíferos e plantas encontradas na região. O objetivo foi inferir a partir de dados climáticos como essas espécies se comportaram durante épocas de climas mais frios e mais quentes que as atuais (leia mais em: agencia.fapesp.br/28094).
“A expedição envolve muitos desafios. São muitas horas de voo para chegar à região, que é de difícil localização”, afirmou Naves.
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Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE)
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Fluxo contínuo