Pele artificial pode auxiliar na busca de tratamentos para esclerose sistêmica
27 de agosto de 2024Um modelo de pele tridimensional capaz de mimetizar o que acontece com pessoas acometidas por esclerose sistêmica foi desenvolvido pelo doutorando da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) Djúlio Zanin e colaboradores neerlandeses com apoio da FAPESP. Apresentado no 43º European Workshop for Rheumatology Research 2024 (EWRR), na Itália, o trabalho foi considerado um dos melhores pôsteres do evento.
“Meu projeto é um modelo de pele em 3D criado em laboratório que usa, entre alguns componentes celulares, os fibroblastos, que são células presentes na nossa pele, e também células do sistema imunológico chamadas de monócitos. E essa pele consegue se enrijecer, ou seja, mimetizar o que acontece na pele do paciente”, contou o biólogo em vídeo divulgado no canal do Hemocentro de Ribeirão Preto no YouTube.
A esclerose sistêmica é uma doença autoimune rara e crônica, de causa ainda não esclarecida. Provoca um excesso de produção de colágeno e de outras proteínas em vários tecidos, resultando em alterações degenerativas e formação de cicatrizes na pele, articulações e órgãos internos, além de anormalidades dos vasos sanguíneos.
Como explicou Zanin, o acúmulo de colágeno e outras moléculas de matriz extracelular resulta no espessamento e enrijecimento da pele de pessoas acometidas. “Isso prejudica muito a qualidade de vida do paciente, que fica com muita dificuldade de locomoção e até mesmo de fazer tarefas básicas, como escovar o dente”, explicou.
Ainda segundo o doutorando, a pele criada em laboratório pode ajudar na busca por tratamentos, pois oferece uma alternativa mais efetiva em relação aos testes em animais. “Esse modelo ajuda a gente a entender como acontece esse processo da doença e também colabora na busca de medicamentos e novos alvos terapêuticos para que esse processo pare.”
Zanin integra a equipe do Centro de Terapia Celular (CTC), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na FMRP-USP e no Hemocentro de Ribeirão Preto. Atualmente, está em período sanduíche no Radboud University Medical Center (Países Baixos) com apoio de bolsa da FAPESP. Graças à excelente avaliação do resumo de seu projeto, o doutorando recebeu apoio financeiro da European Alliance of Associations for Rheumatology (Eular) para comparecer ao evento na Itália.
Notícias
Agenda
-
12 a 15 de março de 2025
2º Seminário Internacional de Doenças Inflamatórias Intestinais -
12/03/2025 a 11/12/2025
Curso de Aperfeiçoamento em Tecnologia de Plásticos 2025 -
15 de março de 2025
2º Workshop em Inovação na Educação Mediada por Tecnologias -
15 a 16 de março de 2025
Feira de Ciências e Arte da Unicamp
Chamadas
-
Chamada de propostas nexBio Amazônia
Prazo: 14/03 -
FAPESP - Institut Pasteur de São Paulo
Prazo: 21/03 -
FAPESP - Fundação Nacional de Pesquisa (NRF) da África do Sul
Prazo: 31/03 -
Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCD)
Prazo: 31/03 -
Cooperação São Paulo-Espanha para Projetos de Pesquisa e Inovação
Prazo 31/03 -
FAPESP - NERC (Reino Unido): Global Partnerships Seedcorn Fund
Prazo 31/03 -
Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID)
Prazo: 29/04 -
Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE)
Fluxo contínuo -
PIPE-FAPESP Transferência de Conhecimento (PIPE-TC)
Fluxo contínuo