Unicamp firmou 75 convênios de P&D e teve 71 patentes concedidas em 2018
16 de abril de 2019A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) encerrou 2018 com 75 novos convênios de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) firmados com a indústria durante o ano passado, parceria que investiu ao todo R$ 134 milhões do setor empresarial na universidade. Esses são alguns dos resultados disponíveis no Relatório de Atividades 2018 da Agência de Inovação, disponível no site da Inova Unicamp.
Entre os convênios de P&D firmados em 2018, também há parcerias que contaram com o apoio da FAPESP, como, por exemplo, o projeto “Radar transportado por drone para agricultura de precisão na cana-de-açúcar”, coordenado pelo professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Unicamp (FEEC) Hugo E. Hernández Figueroa, e implementado no âmbito do programa Parceria para a Inovação Tecnológica (PITE), em acordo de cooperação com a IBM Brasil, de acordo com a assessoria de Comunicação da Inova Unicamp.
Figueroa explicou que a empresa-filha e spin-off da Unicamp T-Jump desenvolveu um sistema de radar miniaturizado transportado por drones que opera com três bandas de micro-ondas e é capaz de produzir imagens de terrenos com alta precisão, um sistema único no mercado global. Um dos seus diferenciais em relação às imagens de câmeras ópticas comumente usadas no mercado é que o sistema de radar não depende da luz solar e os seus sinais conseguem penetrar florestas densas de 20 até 30 centímetros do subsolo para colher informações como: umidade do solo, morfologia e biomassa da plantação, dentre muitas outras.
“A questão agora é desenvolver algoritmos que interpretem as imagens obtidas de forma a produzir informações segundo as necessidades dos usuários e dependendo do tipo de plantação analisada. No caso da cana-de-açúcar interessa, por exemplo: distribuição da irrigação, presença de plantas daninhas, mapa de corte e distribuição de biomassa, conforme proposto nesse convênio de P&D”, explicou Figueroa. Também são parceiros desse projeto a IBM, a Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp (Feagri) e a Usina São Martinho.
A universidade também assinou 22 novas licenças de exploração da sua propriedade intelectual para empresas, totalizando 115 contratos ativos que geraram no último ano R$ 1,7 milhão em ganhos econômicos, o segundo maior valor vindo de royalties com transferência de tecnologia para a universidade.
Segundo o diretor-executivo da Inova Unicamp, Newton Frateschi, os resultados positivos da Unicamp demonstram o reconhecimento e relacionamento da universidade com a indústria, “fator que distingue positivamente a Unicamp no cenário nacional e também entre as grandes universidades na América Latina”.
Recorde de patentes
A Unicamp atingiu o novo recorde com 71 patentes concedidas e 72 novos pedidos de patentes em 2018, atingindo 1.027 famílias de patentes vigentes no Portfólio da Unicamp.
Entre as tecnologias patenteadas que geram impactos positivos para a sociedade e com oportunidades para licenciamento está um dispositivo de aplicação de anestesias locais desenvolvido com apoio da FAPESP por alunos de graduação, pós-graduação e pesquisadores com supervisão do Francisco Groppo, docente da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp. O diferencial do dispositivo, segundo Groppo, é o aumento de segurança e eficácia na aplicação do anestésico local, principalmente na área de odontologia.
“Os anestésicos locais misturados com bicarbonato de sódio são comuns na odontologia, porém, as misturas são feitas com antecedência e perdem sua eficácia. No entanto, com esse dispositivo, o profissional pode fazer a mistura no momento da aplicação e de forma automática, o que melhora a eficácia do anestésico. Em estudos que ainda estão em andamento, estamos averiguando que também é possível diminuir a concentração do anestésico local com o dispositivo, o que significa uma maior segurança clínica”, detalhou Groppo. A patente da invenção foi depositada pela Unicamp em 2018 e está disponível para empresas interessadas licenciarem seu uso.
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